Uso do Plasma Rico em Plaquetas na Medicina Estética

O envelhecimento cutâneo pode ser definido como um processo progressivo e dinâmico no qual ocorrem transformações fisiológicas, morfológicas e bioquímicas nas células que compõem a pele. Apesar do envelhecimento ser considerado um processo natural, passou a ser encarado como algo indesejável por uma parte importante da população, procurando de forma incessante, soluções para retardar ou prevenir, de forma a garantir uma aparência “jovem” por muito mais tempo. O envelhecimento cutâneo é um processo complexo e multifatorial, resultando em diversas alterações funcionais e estéticas da pele. Estas alterações ocorrem por fatores intrínsecos, ou seja, relativos às modificações genéticas próprias de cada indivíduo, às reduções hormonais com o avançar da idade (diminuição dos níveis de produção de estrogênios, testosterona, DHEA, cortisol, melatonina, tiroxina, hormona de crescimento e insulina), bem como fatores extrínsecos. Dentro destes últimos, a exposição à radiação solar (radiação UVA e UVB) é responsável por 80 a 90% do envelhecimento da pele, mas também a poluição ambiental, a exposição a substâncias químicas, o sedentarismo, a alimentação, o consumo de álcool e tabagismo, são fatores a ter em conta. 

O Plasma Rico em Plaquetas (também conhecido como PRP) tornou-se numa excelente ferramenta terapêutica para o tratamento do envelhecimento cutâneo, demonstrando resultados satisfatórios ao melhorar a textura da pele, bem como as rugas e a flacidez. O primeiro registo da aplicação do PRP data de 1980, sendo inicialmente utilizado para o tratamento de úlceras cutâneas. Desde então, tem sido aplicado em diferentes especialidades médicas. Vários investigadores concluíram que a produção de fibras de colágeno na pele são fundamentais para reduzir o fotoenvelhecimento e esse estímulo de síntese de novo colágeno ocorre após a aplicação do PRP, devido à ativação da granulação alfa e consequente libertação dos fatores de crescimento, que são essenciais para a regeneração do tecido cutâneo. O PRP é um derivado concentrado sanguíneo obtido por centrifugação de uma amostra de sangue colhida ao paciente e que se caracteriza por apresentar uma alta concentração de plaquetas (4 a 6 vezes superior aos valores normais). 

O PRP tornou-se numa terapia popular dentro da Medicina Estética e na Clínica Belmedic no Porto é utilizado em diferentes protocolos médicos não-cirúrgicos, sendo usado essencialmente na redução de linhas finas e rugas, na reparação de cicatrizes e lesões de acne, bem como na redução de olheiras, no tratamento da alopecia androgenética, alopecia areata, entre outros tratamentos corporais e faciais. Mas também o PRP pode ser aplicado em contexto cirúrgico como na lipoenxertia facial e glútea, bem como nas cirurgias abdominais e mamárias, devido à sua potente ação cicatrizante. 

Em resumo, a aplicação do PRP para fins estéticos favorece o rejuvenescimento facial, capilar e corporal, através dos fatores de crescimento derivados das plaquetas, que estimulam a regeneração, constituição e renovação celular, assim como a hidratação. O PRP, além da excelente relação custo-benefício cientificamente comprovada, é um tratamento inovador, seguro, autólogo, aplicado nas diferentes camadas da pele e que pode ser usado em qualquer idade como abordagem profilática ou terapêutica para o envelhecimento.

Artigo publicado na Revista Lux edição n. 1103 em 21 de junho 2021

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